Graciosa Virada do Avesso - Azores Lovers

Graciosa Virada do Avesso

A Ilha Graciosa, Reserva da Biosfera da UNESCO, é a mais pequena e a menos explorada turisticamente do Grupo Central. Como em todas as ilhas açorianas, a ligação ao mar e à terra são fatores intrínsecos à vida dos seus habitantes. Mas se nisso é igual às restantes, o que a torna especial? Aqui ficam algumas sugestões.
Comece esta viagem com o principal símbolo da ilha: os moinhos de vento. Apesar de já terem perdido a utilidade de outros tempos, de quando a Graciosa assentava a sua economia na produção de cereais, ainda hoje, percorrendo a Graciosa verá que fazem parte da paisagem. Se quer visitar o interior de um moinho e perceber o seu funcionamento, dirija-se ao Museu da Graciosa (1), no centro da Vila de Santa Cruz, para fazer a marcação.
Já que aqui está, aproveite e fique a conhecer mais alguns dos aspetos do património humano e cultural da ilha. Também já existem moinhos transformados em habitação, havendo alguns disponíveis para turismo, em especial na Praia. Atualmente há cerca de 30 moinhos de vento na Graciosa.

ENGENHOS DE FÉ
Falar de água na Graciosa é falar do seu bem mais escasso e portanto mais precioso. Desde o início do povoamento a escassez de água, que se deve à sua topografia (poucas superfícies montanhosas, aliadas à baixa altitude e por conseguinte pouca precipitação), foi sempre a grande preocupação dos graciosenses. Para tentar minimizar este problema conseguiu-se, através de engenho, acumular e reservar o máximo de água possível, tanto para consumo humano como para a agricultura. Porventura o exemplo mais emblemático desta arquitetura são os dois pauis no centro de Santa Cruz (símbolos reconhecidos da Ilha) e que foram essencialmente utilizados na agricultura e para matar a sede aos animais. Para o consumo humano, foram construídos, vários reservatórios subterrâneos durante o século XIX. O mais espetacular e que pode ser visitado, encontra-se no Caminho do Atalho, à saída de Santa Cruz. Está aberto todas as tardes durante os dias de semana. Na ilha encontra vários outros exemplos desta arquitetura, como tanques, pias e chafarizes.

NO MANSO PASSO DO BURRICO
Burro da Graciosa, popularmente conhecido como Burro Anão, é uma raça autóctone da ilha, que se caracteriza por ter o pêlo cinzento, uma natureza dócil, mas principalmente pela sua estatura (em idade adulta atinge pouco mais de um metro de altura). Este animal que desempenhou um papel fundamental, ajudando no trabalho das terras e como meio de transporte, esteve em perigo de extinção até há poucos anos. Atualmente existem cerca de 70 animais, quando, na década de 60, o número ultrapassava os 1000. No lugar da Ribeirinha, freguesia de Guadalupe, existe uma quinta que deve visitar e onde pode interagir com os burros. Não tenha medo! Os animais são extremamente dóceis e estão habituados ao contato humano. Para marcar visita, dirija-se ao posto de Turismo, na Praça Fontes Pereira de Melo, em Santa Cruz. O Burro da Graciosa e o Burro de Miranda são as únicas raças autóctones reconhecidas em Portugal.

É CARNAVAL, NINGUÉM LEVA A MAL
Se visitar a ilha na chamada época baixa (meses de inverno) não deixe de se divertir durante a época de Carnaval. Esta festa é vivida na Graciosa com grande entusiasmo e toda a gente participa ativamente. O carnaval graciosense é bastante conhecido nos Açores e tem duas particularidades que o diferenciam dos demais. Em primeiro lugar distingue-se pela sua duração. Os bailes iniciam-se no primeiro fim de semana após a passagem de ano e prolongam-se até à terça feira de entrudo. Durante a semana de carnaval, os bailes na ilha são diários, alternado por todas as 9 coletividades e clubes que os promovem. É uma época em que as maiores rivalidades ficam de lado e em que as fantasias de grupo dos clubes se visitam.
Outra caraterística importante passa por ser exclusivamente um “carnaval de salão”. Toda a festa, que muitas vezes dura até de madrugada, acontece dentro das quatro paredes dos clubes, tendo cada um deles a sua própria sede. Como já percebeu a dança dura várias horas e para além das músicas próprias da época, também existem em alguns clubes as “modas de viola” e a “moda do chocolate”, onde os homens têm de oferecer (pagando, claro está!) um chocolate ao seu par.

SUGESTÕES GASTRONÓMICAS
Não deixe de comer peixe, em especial o molho à pescador e famosa “molhanga”, rica em açaflor, e que se põem por cima do peixe frito. As meloas e os alhos são outros produtos de grande qualidade que deve provar. A doçaria tradicional, especialmente os pastéis de arroz e as famosas queijadas da Graciosa vão deixar-lhe água na boca.

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