Corvo Virado do Avesso - Azores Lovers

Corvo Virado do Avesso

Outrora denominada de ilha de São Tomás e carinhosamente designada por alguns corvinos como ‘a mais pequena’, o Corvo, que foi a última ilha a ser povoada, cativa pela sua pequenez , simplicidade e tranquilidade. Ali tudo é singular, desde o casario da sua pitoresca vila, que convida a deambular pelas suas ruelas, à exuberante cratera no topo da ilha, passando pelos moinhos de vento, pelo artesanato também ele único no arquipélago, pelo seu queijo tradicional e até pela própria pronúncia dos corvinos. Ilha das lendas, dos mitos e do isolamento, o Corvo com apenas 17km2 apresenta uma idiossincrasia muito própria que deve ser respeitada, sentida e vivenciada de perto neste universo peculiar repleto de agradáveis surpresas e de gentes simples e genuínas. No Corvo sente-se a verdadeira insularidade açoriana.

SEGREDOS DE MADEIRA
É obrigatória uma visita ao senhor José Mendonça de Inês, já que as fechaduras de madeira (1) são um ícone do Corvo e uma autêntica obra de arte. Cada modelo é único e demora um dia a fazer. São fechaduras feitas à mão com o auxílio de uma navalha, compostas por 6 peças de madeira e apresentando vários modelos e vários segredos, decifrados pela respetiva chave.

PÉROLAS DE LÃ
As barretas de lã (2) são outro dos ícones do Corvo, senão mesmo o mais conhecido. Saem das hábeis mãos da senhora Inês de Inês, por coincidência a esposa do artesão das fechaduras de madeira. As tradicionais e clássicas são azuis escuras mas também as há com diferentes cores e padrões ou tamanhos. Originalmente feitas com lã das muitas ovelhas que existiam na ilha, reza a história que os corvinos embarcados nas baleeiras teriam aprendido esta arte com os escoceses e depois as teriam passado às suas mulheres e filhas.

ENTRE MOINHOS DE VENTO E MEMÓRIAS BALEEIRAS
Casa do Bote (3) é um pequeno espaço museológico que a par com os três moinhos de vento, recentemente restaurados e um deles visitável, se assumem como espaços precursores na recuperação das memórias coletivas do Corvo. Ali se reúnem diferentes testemunhos que pretendem dar uma imagem do passado recente da ilha e da vida dos corvinos. A canoa baleeira faz-nos viajar ao tempo da pesca ao cachalote, reunindo toda a palamenta ligada a esta arte. A par deste espólio, uma valiosa coleção fotográfica do Príncipe Alberto I do Mónaco dá-nos uma imagem da realidade local e arquipelágica entre o final do século XIX/XX.

BANHOS DE MAR AO PÔR DO SOL
Praia da Areia (4) é um spot obrigatório a quem visita a ilha mais Ocidental do arquipélago. A única praia de areia da ilha, com vista privilegiada para poente, permite desfrutar de mergulhos refrescantes e retemperadores, com sabor a paz e silêncio.

SABORES CORVINOS
A experiência gastronómica na ilha do Corvo passa pelo peixe fresco, pela erva patinha (que é apanhada no calhau nos meses de janeiro/fevereiro e com a qual se fazem tortas ou pasteis) e pelo delicioso queijo corvino com o seu sabor característico, sobretudo com mais tempo de cura. As tradicionais Sopas de Espírito Santo são também uma experiência gastronómica imperdível e podem ser degustadas em maio/junho.

Sara Nóia

 

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